terça-feira, 31 de julho de 2018

ONG Nova Era e Escola de Arte Gaúcha Estampa Serrana realizam 1º Festival Tradicional

ONG Nova Era e Escola de Arte Gaúcha Estampa Serrana realizam 1º Festival Tradicionalista

ONG Nova Era, de Nova Petrópolis, em parceria com a Escola de Arte Gaúcha Estampa Serrana, estarão realizando o 1º Festival Tradicionalista no piquete do Prida em Ivoti, nos dias 8 e 9 de Setembro.

O Festival contará com apresentações artísticas, atividades campeiras, muito churrasco,  acampamentos, show nativista, declamação, chula, apresentações mirins e juvenis... ❤️

Fonte.Blog Cantinho Gaúcho

SANGRADOURO

 

Martim César lança livro “Sangradouro” na Capital
 
Sessão de autógrafos contará com apresentação de Marco Aurélio Vasconcellos, Chico Saratt, Náufragos Urbanos e Marcello Caminha
 
O escritor, poeta e músico Martim César Gonçalves, estará na capital gaúcha no próximo dia 02 de agosto para o lançamento do livro Sangradouro, da Editora Movimento. A sessão de autógrafos será realizada a partir das 18h, na Livraria Letras&Cia do Shopping Paseo e contará com apresentação de artistas convidados como os músicos, Marco Aurélio Vasconcellos, Chico Saratt, Náufragos Urbanos e Marcello Caminha
 
O mais novo livro de contos de Martim César - Sangradouro - traz como pano de fundo a história do Rio Grande do Sul, o imaginário fronteiriço e o tempo das charqueadas. A publicação, que conta com comentários dos jornalistas Juremir Machado da Silva e Juarez Fonseca, é uma edição ampliada de ‘Sob a luz de velas’, porém, com textos mais trabalhados e algumas variações. O autor busca retratar um pouco do lugar híbrido e mestiço em que habita; essa região de intersecção cultural, com suas singularidades e com seu pano de fundo mítico e histórico.
 
Dois afluentes de sangue correm nas páginas: aquele que tem a nascente no tempo de muitas guerras, no vai e vem da fronteira, na miscigenação forçada, no terrível extermínio indígena e na infame escravidão negra; e aquele que tem origem nas charqueadas, no caudal de sangue que saía dos corpos dos animais abatidos diariamente e que manchava de púrpura as águas do rio. A terra sangrava, com sangue de homens e animais, corria pelo rio.      
 
SOBRE O AUTOR

Martim César nasceu em Jaguarão, RS. É autor de 6 livros de poesia e contos. Vencedor por duas vezes do prêmio Rua dos Cataventos da Sociedade Mario Quintana de Poesia; Vencedor de mais de 30 festivais de músicas do RS e de mais de 10 festivais nacionais. Possui algo em torno de 70 premiações paralelas, incluindo melhor poesia, melhor letra e melhor tema social em diversos festivais gaúchos e nacionais. Indicado ao prêmio Açorianos 2010, como melhor letrista do RS. Coautor de 11 trabalhos discográficos ‘Caminhos de Si’; ‘Maria Conceição canta Martim César e Paulo Timm’; ‘Canções de a(r)mar e desa(r)mar (MPB)’;Da mesma raiz’ (indicado ao açorianos de 2010) ‘Já se vieram’; ‘Memorial de Campo’; ‘Paisagem interior’, (com três indicações no Açorianos 2015), ‘Náufragos Urbanos’ (Indicado a melhor álbum de MPB do RS, pelo Açorianos 2015), os atuais ‘Caminhos de Si, o tempo’,  ‘Canciones que nacen del camino’ e ‘Doze Cantos Ibéricos e uma canção brasileira’ (vencedor do Açorianos 2017 nas categorias melhor álbum regional e melhor design gráfico). Atualmente está lançando o livro Sangradouro (contos) e possui em fase de publicação o livro  Gaúchos, a epopéia dos párias. (Poema épico). Além disso, está com dois cds em fase de gravação: Além das cercas de pedra e Náufragos Urbanos 2 – Relógios de areia.
 
Serviço:
Lançamento do Livro “Sangradouro”, de Mártim César 
Data: 02/08/2018
Horário: 18h
Local: Livraria Letras&Cia do Shopping Paseo
Endereço: Av. Wenceslau Escobar, 1823 – Bairro: Tristeza
Informações: patricia@ihnovecomunicacao.com.br

Telefones: (51) 981815664
Entrada franca

Fonte. Blog do Léo Ribeiro

segunda-feira, 30 de julho de 2018

MTG terá sua primeira candidata mulher

Depois de 52 anos de história, MTG terá sua primeira candidata mulher

Pela primeira vez em sua história, o Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul terá uma candidata do sexo feminino disputando as eleições em janeiro, no Congresso, na cidade de São Borja, para a cadeira de presidente da federação. Elenir poderá se tornar a primeira mulher à ser gestora do MTG.

              Elenir de Fátima Dill Winck,  é natural de Cruz Alta, casada com Ciro João Winck, residente em Panambí,  cidade que a recebeu e a condecorou com o título de cidadã panambiense

Elenir tem o reconhecimento da cidade que adotou para viver
           Elenir é Pós-graduada em Geografia, pela UNIJUI. Iniciou sua carreira profissional como Professora na rede municipal de Panambi, em 1975 e na rede estadual, em 1978. Foi Vice-Diretora da Escola Estadual de Educação Básica Poncho Verde e durante doze anos (de 1984 a 1996) foi diretora da EMEF Presidente Costa e Silva. Nos anos de 1995 e 1996 integrou o Conselho Municipal de Educação de Panambi. Coordenadora Pedagógica da 36ᵃ Coordenadoria Regional de Educação de Ijui.(2007-2008).

            Atuou como Presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Educação (CONSEME) da Associação dos Municípios do Planalto Médio – AMUPLAM, e integrante da diretoria da União dos Dirigentes Municipais de Educação do RS-UNDIME(2009 a 2012- 2015-2016). Foi Secretária Municipal de Educação e Cultura do município de Panambi, por quatro administrações: (1997/2000; 2001/2004; 2009/2012; 2013/ 2016). 


          Por várias gestões integrou o Departamento Cultural do Centro de Tradições Gaúchas Tropeiro Velho, de Panambi. Também foi Diretora Cultural da 9ª Região Tradicionalista, por quatro anos e Diretora Artística do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG do Rio Grande do Sul por três anos. Avaliadora de vários concursos de Ciranda Cultural de Prendas e Entrevero Cultural de Peões. Atuou como relatora em Convenções e Congressos Tradicionalistas e foi organizadora e apresentadora de protocolos do MTG durante 2009, 2010 e 2011. Foi Presidente do 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º Moinho da Canção Gaúcha de Panambi/RS.

           Elenir presidiu a Comissão Executiva do 25º Entrevero Cultural de Peões do Rio Grande do Sul, realizado nos dias 18 a 20 de abril de 2013, em sua cidade. Conselheira do Movimento Tradicionalista Gaúcho, desde 2014. Foi vice-presidente de cultura do MTG, nos anos de 2014, 2015 e 2016.
Atualmente é vice-presidente de administração e finanças do MTG, desde o ano de 2017. É integrante do Lions Clube de Panambi,  desde 1995, onde se doa para ajudar a sua comunidade.
Fonte. Rogério Bastos

quarta-feira, 25 de julho de 2018

VIIª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula

TERTÚLIA MAÇÔNICA DA POESIA CRIOULA


DIA 11 DE AGOSTO NO TEATRO DO SESC 
Av. Alberto Bins 665, Porto Alegre - RS
entrada: um quilo de alimento

 
ORDEM DE APRESENTAÇÃO
 
 
 

 
CATEGORIA MAÇÔNICA  
Poesia: Irmandade
Autor: Mario Amaral  
Declamador: Mario Amaral
Amadrinhador: Ewerton dos Anjos Ferreira
 
Poesia: Quando o verso ganha asas.
Autor: Carlinhos Lima
Declamador: Fábio Malcorra
Amadrinhador: João Bosco Ayala Rodrigues
 
Poesia: Para ser Maçom 
Autores: Rafael Paulo e Hermeto Silva
Declamador: Paulo Inda 
Amadrinhador: Jaime Ribeiro 
 
Poesia: A banhadora de sapos, torturadora de grilos.
Autor: Carlos Omar Villela Gomes
Declamadora: Suelen Mombaque Schneider
Amadrinhador: Rodrigo Cavalheiro
 
Poesia: Peregrino dos quatro elementos
Autor: Moises Silveira de Menezes
Declamador: Rodrigo Canani Medeiros
Amadrinhador: Juliano Javoski
 
 
CATEGORIA NÃO MAÇÔNICA
 
Poesia: Romance de estrada e estância
Autores: Vítor Ribeiro / Rosa Linn
Declamadores: Kelvyn Krug  / Julio Carlet
Amadrinhadores: Jean Carlo Godoy / Charlise Bandeira  
 
Poesia: Destas heranças de campo
Autor: João Antônio Marin Hoffmann
Declamador: Pablo da Rosa
Amadrinhador: Jorge Araújo
 
Poesia: O Roubo de Santo Antônio
Autora: Joseti Gomes 
Declamadora: Silvana Giovanini
Amadrinhador: Adão Quevedo
 
 
Poesia: Cartas a saudade 
Autor: Caine Teixeira 
Declamador: Jair Silveira 
Amadrinhador: Gustavo Campos
 
Poesia: Os versos que eu extraviei
Autor: Marcelo Dávila
Declamador: Érico Rodrigo Padilha
Amadrinhador: Luidhi Moro Müller
 Fonte; Blog do Léo Ribeiro

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Borguetinho é o Patrono dos Festejos Farroupilhas de 2018

Borghetinho é o Patrono dos Festejos Farroupilhas de 2018

           A Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul, formada por MTG, Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Brigada Militar, FAMURS e Secretaria da Educação, apresentou na manhã desta segunda-feira o nome de Renato Borghetti como Patrono dos Festejos Farroupilhas do Estado. Borghetinho, como é conhecido é filho de Rodi Pedro Borghetti, que já foi presidente do MTG nos anos de 1979 e 1980, da Fundação Cultural Gaúcha/MTG, do IGTF (extinto Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore) e patrono dos Festejos, em 2010. pela 1ª vez na historia pai e filho tornam-se patronos do maior evento cultural do estado.


Rogério Bastos, Renato Borghetti (Patrono 2018) e Rodi Pedro Borghetti (Patrono 2010) na Fábrica de Gaiteiros, na Barra
            Renato Borghetti inaugurou uma nova era no tradicionalismo gaúcho. Barbosa Lessa chamou o novo "ismo" que surgia de nativismo (uma versão para os movimentos ligados à tradição gaúcha que surgem a cada geração - ou a cada 30 anos, dizia ele). Aos doze anos começou o relacionamento com a gaita, quando ganhou uma Hering de oito baixos, que hoje está em exposição na sua Fábrica de gaiteiros, na Barra do Ribeiro.
Borghetinho com Neto Fagundes, em 1983, em Porto Alegre

            Ainda adolescente, Renato começou a tocar de maneira amadora no pioneiro, 35 CTG. Mas a coisa começou a mudar de cenário quando o dono da Churrascaria, no Galpão anexo ao CTG, perguntou se ele aceitara tocar ao vivo na casa. Do convite surgiu o compromisso. Chegou a formar dupla com seu irmão, Marcos, Irmãos Borghetti, que não durou muito. Em pouco tempo já estava no palco da Califórnia da Canção ao lado de nomes como Juarez Bittencourt, João de Almeida Neto e Elton Saldanha, interpretando "Retorno".

           Para Renato o Paixão Cortes e o Barbosa Lessa sempre foram referencias, mas chegou o dia de alçar voos mais altos. Abrindo fronteiras, em fevereiro de 1980, Renato esteve entre convidados do Festival Nacional de Folclore, em Durazno, no Uruguai e da Gran Semana Criolla, em Canelones, no mesmo país. No ano seguiu seu nome se destacou como integrante da programação de um show coletivo, no Auditório Araújo Vianna, para encerrar o ano musical de Porto Alegre. As atrações principais eram os artistas mais identificados com a música urbana da capital gaúcha; Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves Carlinhos Hartlieb, Giba Giba e Toneco, além de três convidados especiais: o percussionista De Santana, o cantor Cao Treín e ele.  A ascensão profissional foi se tornando parte da vida dele. Em 1987 foi motivo de disputa entre gravadoras, depois de ter passado por uma experiencia de disco com Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Benito Di Paula.
Renato Borghetti, em 2015, mostrando a sua Fábrica de Gaiteiros na Barra do Ribeiro
            Seu primeiro disco, o Gaita-Ponto tornou-se o primeiro álbum de música instrumental brasileira a ganhar um disco da ouro, vendendo cem mil cópias. Excursionou por todo o Brasil, e por diversos países da Europa, e fez uma temporada em Nova Iorque. Em 1991 ganhou o prêmio disco do ano, na categoria regional, da Associação Paulista de Críticos de Arte.

             Renato mescla folclore e modernidade em suas composições, tendo um estilo inconfundível. Tem mais de uma quinzena de discos gravados e dezenas de participações em gravações. No dia de seu aniversário... Ele é homenageado com o convite para ser o patrono dos festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul.

Nota do Blog: Parabéns a Família Borghetti.. muito merecido. Parabéns Renato... Um jovem, sim, jovem tradicionalista, nativista, telúrico. E que está deixando um belo legado ao nosso estado.

Patronos dos festejos farroupilhas desde 2005
2005 – Luiz Alberto de Menezes
2006 – João Carlos D’Avila Paixão Cortes
2007 – Antonio Augusto Fagundes
2008 – Wilmar Winck de Souza
2009 – Telmo de Lima Freitas
2010 – Rodi Pedro Borghetti
2011 – Alcy José de Vargas Cheuiche
2012 – Nilza Lessa
2013 – Nésio Correa – Gildinho dos Monarcas
2014 – Benajmim Feltrin Netto
2015 – Padre Amadeu Gomes Canellas
2016 – Zeno Dias Chaves
2017 – Elma Sant’Anna
2018 – Renato Borghetti     Fonte. Blog de Rogério Bastos

quarta-feira, 18 de julho de 2018

18 de Julho de 1824 CHEGAM AO ESTADO OS COLONOS ALEMÃES

18 DE JULHO DE 1824

 
CHEGAM AO ESTADO OS COLONOS ALEMÃES
 
Desembarcam em Porto Alegre os primeiros 126 colonos alemães
e que foram levados a Feitoria Velha, atual São Leopoldo.


         Gravura de Pedro Weingäitiner - 1903 - intitulada Ceifa Alemã



 A primeira colonização maciça, após a tentativa feita com os açorianos, ainda no século XVIII, aconteceria, no Rio Grande do Sul, a partir de 1824, quando começaram a chegar os colonos alemães. Nos primeiros cinquenta anos de imigração foram introduzidos entre 20 e 28 mil alemães no Rio Grande, a quase totalidade deles destinados à colonização agrícola.

Essa primeira grande colonização alteraria a ocupação de espaços, levando gente para áreas até então desprezadas. Introduziria também outras grandes modificações. Até então, a classe média brasileira era insignificante, e se concentrava nas cidades. Os colonos alemães iriam formar uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres, em uma sociedade dividida entre senhores e escravos.

Como era o Rio Grande do Sul no início da imigração alemã

Apesar dos esforços de ocupação, no início do século XIX o Rio Grande do Sul ainda estava muito isolado, e era enorme a sua área desocupada. Em 1822 existiam em todo o seu território cem mil habitantes (menos de 10% da atual população de Porto Alegre), distribuídos da seguinte maneira:

No Planalto Setentrional havia cerca de 10 mil habitantes, sendo 6.750 na região das Missões e o restante nos Campos de Cima da Serra, na região ao redor de Vacaria. No litoral, entre Torres e Santa Vitória do Palmar estavam 23.960 habitantes (22% da população). Na Depressão Central concentrava-se a maior fatia (36%), graças a Porto Alegre (com 10 mil habitantes) e Rio Pardo (com 3.600). Os restantes 31% estavam espalhados pela Campanha, que contava com 22 mil habitantes.

A economia gaúcha centrava-se na pecuária. Portanto, os campos eram as zonas escolhidas para a ocupação luso-brasileira que, no entanto, não era muito intensa na região dos campos do Planalto. O Rio Grande tinha, em zonas desabitadas, quase toda a sua metade setentrional, compreendendo a zona de floresta na planície à margem dos grandes rios que formam o estuário do Guaíba, a encosta nordeste da Serra e os matos do Alto Uruguai.

As razões dos alemães

Por que os emigrantes alemães pretendiam deixar sua terra? A resposta é simples, e vale também para qualquer outro processo de migração humana: porque esperavam encontrar condições melhores. E, no início do século XIX, não eram boas as condições de vida do camponês alemão.

Assim, dois fatores iriam resultar na emigração. O primeiro era a determinação - ou não - dos estados em deixarem seus súditos emigrarem. O segundo fator que determinava a emigração era a situação econômica da região, em especial a situação da propriedade agrária: emigrava-se mais onde a situação era pior.

Dezenas de colônias no interior e 50 mil imigrantes

A primeira leva de colonos alemães chegou ao Rio Grande do Sul em 1824, tendo desembarcado, em 25 de julho, na colônia de São Leopoldo (antiga Real Feitoria de Linho Cânhamo). A essa leva inicial - composta de 39 pessoas de nove famílias - se seguiram outras e, entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande 5.350 alemães. Depois de 1830 até 1844 a imigração foi interrompida. Entre 1844 e 50 foram introduzidos mais dez mil, e entre 1860 e 1889 outros dez mil.

Entre 1890 e 1914 calcula-se que 17 mil alemães chegaram ao estado. A estimativa geralmente aceita é de que, entre 1824 e 1914, entraram no Rio Grande entre 45 e 50 mil alemães, e que, no total, foram criadas 142 colônias alemãs no estado.
 Fonte; Blog do Léo Ribeiro

terça-feira, 17 de julho de 2018

Glaucus Saraiva

Num dia 17 de julho, do ano de 1983 morria em Porto Alegre um dos mais notáveis tradicionalistas, ou seja, Glaucus Saraiva.

Glaucus Saraiva (de óculos) numa reunião do MTG em Cruz Alta.
 
Glaucus Saraiva da Fonseca nasceu em São Jerônimo, em 24 de dezembro de 1921, e morreu em Porto Alegre, num 17 de julho de 1983, Glaucus Saraiva, também conhecido como Glauco Saraiva, foi um poeta crioulo, tradicionalista, folclorista, historiador, professor, pesquisador, escritor, conferencista, músico, e compositor. 

Era filho mais novo de Álvaro Saraiva da Fonseca e Maria Luiza Saraiva da Fonseca. Teve 07 (sete) irmãos. Deixou uma filha: Maria Luiza Saraiva Soares.

Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de Tradições Gaúchas, do qual foi o primeiro patrão. Idealizou e tornou realidade o IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, órgão vinculado a Secretária de Estado da Cultura, instituído pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de 1974, tendo sido seu primeiro diretor técnico, o Parque Histórico General Bento Gonçalves da Silva, na Estância do Cristal e o Galpão Crioulo do Palácio Pirati, que pelo Decreto Estadual nº 31.204, de 1º de agosto de 1983, passou a chamar-se Galpão Gaúcho Glaucus Saraiva

Foi professor de folclore do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária Gauchesca e Usos e Costumes do Sul), e conferencista internacional sobre folclore. Presidiu três congressos tradicionalistas: em Santa Vitória do Palmar (1973), Pelotas (1975) e Passo Fundo (1977). Desenvolveu, também, profunda pesquisa sobre os brinquedos tradicionais das crianças gaúchas, promovendo exposições e publicações a este respeito. Formulou a Carta de Princípios do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara - RS. Autor da nomenclatura simbólica do tradicionalismo.

Publicou ainda os ensaios “Manual do Tradicionalista” e “Catálogo da Mostra de Folclore Juvenil”. Foi vocalista dos conjuntos “Os Gaudérios” e “Quitandinha Serenaders” entre 1950 e 1955, além de atuar na Rádio Farroupilha e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de 1948 a 1955. Mas sua ligação com a música foi ainda mais profunda deixando registrado grandes clássicos como: Cigarro de Palha, Porongo Velho, Tropereada, O Rum é a Gente que Abre, Casa Grande de Estância (com Luiz Telles), entre outras. Seu poema mais conhecido é chimarrão. Fonte. Blog do Léo Ribeiro

quinta-feira, 12 de julho de 2018

91 anos do Sr Paixão Côrtes.

PAIXÃO CÔRTES 
 
 
Nascido a 12 de julho d 1927, em Sant’Ana do Livramento, RS, João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes é a figura mais identificada com as tradições do Rio Grande do Sul. Aliás, a tradição e Paixão se confundem, se mesclam, tem uma só personalidade. Paixão, ao lado de Luis Carlos Barbosa Lessa, é considerado o maior folclorista que este terra de São Pedro viu crescer. É precursor de todo este movimento que visa cultuar nossas raízes, pois fez parte do Piquete da Tradição, também chamado do Grupo dos Oito que, em 1947, de acavalo e pilchados a moda gaúcha, acompanharam os restos mortais do General Farrapo David Canabarro pelas ruas de Porto Alegre e, no mesmo ano, criaram a primeira Ronda Crioula, precursora da Semana Farroupilha de hoje, sendo, esses fatos, a fonte inspiradora de tudo o que se percebe agora em se tratando de tradicionalismo.  
 
Paixão Côrtes tem suas origens ligadas á vida pastoril e iniciou muito cedo suas pesquisas folclóricas. No transcorrer dos tempos se viu obrigado a comprar sua própria aparelhagem (gravador, filmadora, máquina fotográfica, etc..) para registrar a cultura popular gauchesca. Deste trabalho resultou um acervo de milhares de slides, centenas de fitas e vídeos, enfim, um arquivo histórico sobre os usos e costumes do povo gaúcho.
 
Sua bibliografia é riquíssima e de suma importância e vai de posar como modelo para o artista Antônio Caringi esculpir a estátua do Laçador até dezenas de livros e discos que serviram de base para os primeiros passos para as centenas de invernadas artísticas por este mundo afora. Impressionantemente seu trabalho, hoje, é pouco considerado pelos "doutos" da tradição.
 
No ano de 1999, quando éramos proprietários do Jornal Boca da Serra, um periódico mensal voltado para a cultura gaúcha, entrevistamos Paixão Côrtes. Notem que suas respostas servem como uma luva para os dias de hoje, 19 anos após.


Boca da Serra – Depois de Paixão Côrtes, poucos ativistas dedicaram-se a pesquisar nosso folclore. Por que são poucos os interessados nesta área? Não há mais nada o que pesquisar?

Paixão Côrtes – Bem. Eu acho é que as pessoas estão mais preocupadas é em festar do que fundamentar. Estão mais voltados para a recreação e o lazer antes de procurar as raízes que deram origem a esses momentos literários, sociais e culturais. Mas eu acho que ainda há muita coisa para se pesquisar. Existem muitas manifestações que estão aí a espera de pessoas preocupadas em revitalizar essas fontes.

Só como informação: em 1950 eu pesquisei a dança jardineira, em Vacaria. Quarenta e quatro anos depois eu vim encontrá-la aqui, em Santo Antônio da Patrulha. Esperei 44 anos para que realmente reconstituíssem com toda a fidelidade. Seria muito mais fácil se eu não tivesse essa preocupação de veracidade e do respeito ás fontes originais como muita gente, irresponsavelmente, anda fazendo por aí. Minha preocupação é essa: reconstituir fielmente para que as novas gerações sejam portadoras da verdadeira raiz nativa riograndense.

Boca da Serra – Sendo o maior estudioso do assunto, como o senhor vê as danças de invernadas artísticas de hoje?

Paixão Côrtes – O que eu acho é o seguinte: as pessoas, as vezes, tem dificuldade de interpretar o que a gente escreve por que não conhecem português. Então, para essas pessoas, torna-se difícil entender o que a gente escreve traduzindo expressões artísticas, coreógrafas, musicais e de vestuário. Como as pessoas acham mais fácil olhar e acrescentar sua opinião pessoal, o que nós estamos vendo aí é uma verdadeira fantasia de vestuário e uma deturpação de temas originais que eu encontrei. Não quero dizer que as danças que eu investiguei sejam as únicas, mas estas, até que me provem o contrário, são as primitivas, as originais.

Hoje é muito comum a modificação, a estilização, a deturpação em razão da falta de documentos da época.

Boca da Serra – Nosso povo gosta muito de prestar homenagens “in memorian”. Que homenagem o senhor gostaria de receber em vida?

Paixão Côrtes – Eu estou recebendo todas as homenagens de pessoas sinceras que comungam com o espírito que me levou a criar, em 1947 o início do movimento tradicionalista através do Departamento de Comunicações do Colégio Júlio de Castilhos e, consequentemente o 35 CTG, que sou um dos fundadores.

A todo o momento eu me reencontro com as novas gerações e isto é um júbilo que a gente carrega pois já com 72 anos mas perfeitamente lúcido e me sentindo espiritualmente jovem, bastante jovem, porque estou dando muitos cursos e dançando continuadamente. Ensino setenta e tantas danças a cada curso que dou, a cada exposição coreográfica que faço aos mirins, juvenis, adultos e o reencontro com xirus veteranos, são momentos de homenagens perenes.

Isto sempre pensei em minha vida: o rever amigos são momentos de glórias, assim como a glória está na preservação original de nossos estudos, no reconhecimento destes trabalhos por parte das novas gerações e na causa maior que é o bem estar de todos nós.  Fonte Blog do Léo Ribeiro

terça-feira, 10 de julho de 2018

Nossa Senhora Gaúcha do Mate

NOSSA SENHORA GAÚCHA DO MATE


Hoje, 10 de Julho é dia da Nossa Senhora Gaúcha do Mate.




A devoção à Nossa Senhora Gaúcha do Mate não teve origem em nenhum milagre proclamado. Ela surgiu para cristalizar o amor pelo mate. Um ritual em que se expressa o símbolo da amizade e da família, do encontro e da partilha e que fortalece e cria novos vínculos entre irmão e amigos.

A invocação à santa é quase tão antiga quanto este ritual. Por isto um grupo de leigos e os padres salesianos da província argentina de Missões, liderados pelo sacerdote Domingos Lancelotti, encabeçaram um movimento junto à Santa Sé a fim de obter o reconhecimento à essa nova devoção mariana. João Paulo II, fervoroso devoto da Virgem, visitou oficialmente a Argentina em 1982 e 1987. Nas duas ocasiões foi fotografado tomando mate e presenteado com muitos mates e cuias para aprecia-lo. 

Também recebeu importantes testemunhos favoráveis à devoção de Nossa Senhora Gaúcha do Mate como evangelizadora e reflexo da cultura deste pedaço da América.

Assim, no dia primeiro de maio de 1993, o Núncio Apostólico Argentino recebeu um documento escrito e assinado pelo Papa João Paulo II, onde se lê: “De todo coração outorgamos a implorada benção apostólica, sob os auspícios de Nossa Senhora Gaúcha do Mate.”

Então, o dia 10 de Julho torna-se o dia de Nossa Senhora Gaúcha do Mate, agora oficialmente portadora dos desejos de unidade, fraternidade, amizade e encontro entre os homens.

Gaúcha é uma palavra que significa pessoa nobre e generosa, usado para identificar os povos originários das planícies dos Pampas do sul da América do Sul. Mate é uma infusão obtida com as folhas da planta "ilex paraguayensis", amplamente consumida pelas famílias da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e do sul do Brasil. Cada localidade tem sua particularidade na hora do preparo e consumo. Neste ritual, a exemplo do chá, se expressa o símbolo da família, amizade, encontro e partilha, entre irmãos e amigos, que fortalece e cria novos vínculos. É uma celebração plena de conteúdo humano, cristão e muito regional. 
 Fonte; Blog do Léo Ribeiro

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Poemas que farão parte da 7ª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula

7ª TERTÚLIA MAÇÔNICA DA POESIA CRIOULA


POEMAS SELECIONADOS
para apresentarem-se no dia 11 de agosto
 
 
 
A Comissão de Triagem reunida hoje, dia 06 de julho, após muita dificuldade devido ao alto nível dos poemas concorrentes, escolheu as dez poesias que mais se adequaram à identidade do Festival. Tais poemas subirão ao palco no dia 11 de agosto, no Teatro do SESC, para apresentação ao público.
 
Nunca nos preocupamos com a quantidade de inscritos pois, como já nos referimos, primamos pela qualidade dos trabalhos. Contudo, por acreditarmos que arte não se compara, apresentamos nesta edição uma grande novidade em se tratando de festivais, ou seja, trocamos a premiação por uma mostra poética, sem concorrência e, por isso mesmo, o número de inscrições era uma incógnita. No entanto o que presenciamos foi um verdadeiro recorde de participantes, superando a 3ª edição onde tivemos 209 concorrentes (sempre lembrando que 50% do "público alvo" são maçons).  Isto tudo denota que poetas, declamadores, amadrinhadores, abraçaram a ideia.
 
Os dez poemas escolhidos foram os seguintes:
 
CATEGORIA MAÇÔNICA 
 
Poesia: Para ser Maçom 
Autores: Rafael Paulo e Hermeto Silva  

Poesia: A banhadora de sapos, torturadora de grilos.
Autor: Carlos Omar Villela Gomes
 
Poesia: Peregrino dos quatro elementos
Autor: Moises Silveira de Menezes
 
Poesia: Quando o verso ganha asas.
Autor: Carlinhos Lima
 
Poesia: Irmandade
Autor: Mario Amaral  
 
Suplentes
 
01 - Poesia: De doma e revolução
Autor: Fábio Fossati
 
02 - Poesia: Galpão Sagrado
Autor: Rafael Netto
 
CATEGORIA NÃO MAÇÔNICA
 
Poesia: Os versos que eu extraviei
Autor: Marcelo Dávila
 
Poesia: Pingo de corredor
Autor: Matheus Costa
 
Poesia: Destas heranças de campo
Autor: João Antônio Marin
 
Poesia: Romance de estrada e estância
Autores: Vítor Ribeiro e Rosa Linn
 
Poesia: O Roubo de Santo Antônio
Autora: Joseti Gomes 
 
Suplentes:
 
01 - Poesia: Cartas a saudade
Autor: Caine Teixeira
 
02 - Poesia: Escravagista
Autor: Paulo de Freitas Mendonça
 
 Fonte Blog do Léo Ribeiro